O tão aguardado Oblivion Remastered finalmente chegou, e a primeira impressão é… moderna. E por moderna, quero dizer, incrivelmente marrom. A lama é marrom, a água é marrom e a grama também é marrom. Tudo parece ter sido banhado em uma paleta monocromática de tons terrosos, e como um fã que se maravilhou com o mundo vibrante de Oblivion há 19 anos, confesso que estou um tanto perplexo.

Ao comparar screenshots da versão original com Oblivion Remastered, a diferença salta aos olhos: Uma névoa densa paira sobre tudo, escurecendo cada cena. O mundo de Cyrodiil se assemelha a uma fase bônus de PowerWash Simulator, implorando para ser limpo e restaurado à sua beleza original.

Em termos de detalhes técnicos, inegavelmente houve uma melhora. Tochas brilham intensamente na escuridão, a água cintila sob a luz do sol e as docas parecem construídas de madeira de verdade, e não de pedra coberta de musgo. No entanto, a própria pedra musgosa agora se apresenta em um tom de carvão, por alguma razão. O jogo original era muito mais iluminado, realçando o verde das colinas e árvores. Aparentemente, o uso da Unreal Engine 5 deu ao Remastered uma aparência queimada.

As áreas internas de Oblivion Remastered se saem um pouco melhor. A memorável introdução, onde escapamos da prisão com a ajuda de Patrick Stewart, se passa em corredores de pedra claustrofóbicos, ocasionalmente iluminados por feixes de luz que atravessam o teto. Essa ambientação se aproxima surpreendentemente da atmosfera fria e sombria do original. Talvez seja um exemplo de como a iluminação aprimorada realmente funciona quando não está sobrecarregada por texturas exageradas.

Os rostos pálidos dos personagens originais não sobreviveram ao Remastered, o que considero uma melhoria. Em um mundo ideal, teríamos os rostos borrados dos NPCs em 4K, mas aceito as rugas e poros hiper-detalhados se isso significar animações faciais mais expressivas. E não se preocupem, quando abrem a boca, os personagens ainda emitem os mesmos sons caricatos de antes.

Apesar dos avanços técnicos, não consigo superar a aparência “suja” que o mundo exterior assumiu no Remastered. Mas sou a mesma pessoa que nunca perdoou a Virtuos por transformar a estilizada fogueira de Dark Souls em um fogo realista em Dark Souls: Remastered. É possível que a qualidade visual de Oblivion Remastered melhore à medida que exploramos novas áreas e nos aprofundamos na aventura. Se isso não acontecer, pelo menos me alegro em saber que o Oblivion original ainda está disponível sempre que eu quiser revisitar o mundo vibrante que me encantou há tantos anos.

Conclusão

Oblivion Remastered traz melhorias visuais inegáveis, especialmente em ambientes internos e modelos de personagens. No entanto, a paleta de cores excessivamente “marrom” e a névoa constante obscurecem a beleza do mundo exterior de Cyrodiil. Se você está disposto a sacrificar o visual vibrante do original em prol de detalhes aprimorados, Oblivion Remastered pode valer a pena. Caso contrário, o Oblivion original continua sendo uma excelente opção para experimentar este clássico dos RPGs.

Onde Comprar:

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